sábado, 28 de agosto de 2021

fui acertado desprevenido

Uma crise forte me acerta desprevenido, meu corpo fica pesado e meus pensamentos muito densos, o tempo novamente fica desregulado e tudo se parece muito rápido e em câmera lenta ao mesmo tempo, novas guias são abertas para eu procurar na rede global de computadores o motivo de eu querer tanto morrer. Os assuntos triviais a minha volta não me alcançam pois eu nem estou aqui.
As vozes soam como ameaças confortadoras, eu leio todas as palavras distorcidas e escrevo para fugir de mim e então me desentendo com meus próprios sentimentos... auto agressão silenciosa pois a culpa em meu peito está me sufocando, as lágrimas são bombas nucleares incapazes de serem lançadas, as mãos tremem e a visão perde o foco, a vida perde todo o sentimento e tudo o que eu sinto é que devo morrer.

Eu sou um lixo. Um pecado. Um câncer.

Apenas um suicídio ainda não realizado.

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