Eu me olho no espelho e o reflexo que eu vejo me dá nojo com essa aparência horrível.
Outro dia de rotina acompanhado de melancolia tenta me pegar de rédeas curtas e me sabotar mas é ineficaz pois auto sabotagem vem sempre em primeiro lugar quando eu acordo nesses dias sem cor. Eu bebo água para saciar uma sede infinita por vida, eu esquento meu prato de comida ansiando por sabores que nunca serei capaz de degustar, eu me deito para dormir tentando alcançar meus sonhos de eternidade. Dissociar dessa minha realidade e me desconectar da minha própria mente para conseguir chegar fim do dia..
Meu peito está pesado de tantos arrependimentos e meus passos lentos pois eu cansei de ter pressa em chegar a qualquer lugar. Eu tenho dúvidas das minhas certezas e agora encontro certezas em minhas dúvidas, eu evito olhares e desvio das palavras sensatas que me aconselham a ser quem eu não sou.. Não há mais espaços para novos erros, eu estou no limite do precipício perante uma queda sem volta e sem precedentes, outra dor de cabeça me deixa fora de funcionamento.
O tempo quente e seco me deixa deixa distraído e desfocado e a falta de sensibilidade das pessoas me deixa ligeiramente irritado.. eu perdi quase todas minhas válvulas de escape em prol de algo e agora o preço disso está mais caro do que posso pagar. O céu azul me indica outra vez que eu não sei mais o que eu devo escrever e mesmo assim eu me forço a não desperdiçar minha energia com nada além da escrita.
Esses textos são o meu último abrigo.
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