O som da chuva, o café forte e sem açúcar, um piano desafinado... um dia sem sol e uma noite sem lua.
As vezes eu sinto como se tudo que eu precisace é de uma segunda chance.. uma oportunidade de recomeçar.
As noites tem sido muito longas e os dias muito acinzentados, lembro que tenho que esquecer de lembrar das palavras crueis que eu li.
As luzes estão todas acesas para iluminar meus pecados e arrependimentos.
E eu já sou muito mais do que consigo suportar.
Eu lhes imploro, por favor, esqueçam da minha voz, queimem minhas fotos, apaguem suas lembranças comigo.. eu não mereço ser amado, não mereço suas condolências e lágrimas.
Eu sou apenas um câncer que deve ser erradicado. Eu sou uma aberração da natureza. Eu sou uma mentira. Sou um pecador em busca de um final impuro. Sou a paz em busca de guerras. Eu sou a vida que habita na morte, sou o tempo que sobrou no fim dos tempos.
Ando devagar para não notarem meus passos, em meio a multidão sozinho nesta cidade com 12 milhões de pessoas.. eu me perdi o controle da situação e tudo está tão distorcido...
Tudo que eu tive foi o fruto dos meus erros.
Estive negando o inevitável, fugindo do meu destino.
Anjos macabros visitam meus sonhos cantando melodias demoníacas sobre meu suicídio, eles choram com uma alegria contagiante, eles urram meu nome com suas vozes desafinadas... eles dizem que eu devo me matar.. eles imploram pra eu ir logo.
Eu sempre soube que seria assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário