domingo, 4 de junho de 2023

Em Suma

Sente-se com calma e me veja sofrer
Use-me a vontade, faça acontecer
Sou a realeza de porra nenhuma
Esse meu refrão eu termino, em suma

Egoísmo doentio é prova do que eu sinto
A sinceridade aguda e o assunto sucinto

Venha e me sufoque, eu não reclamo
Eu já percebi que esse não é o meu ano

Faço o contrário você do que me diz
Sorrio olhando pra essa velha cicatriz

Aqueles machucados não doem mais
O irônico é estar preso onde já não me satisfaz

A imperceptível poesia ao som do vento
A incoerência moral dita ritmo lento


Toda aquela angustia me deixou inerte
Morri sonhando com céu azul que desperte

Vivo
Pejorativo
Radioativo
Sobrevivo

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