terça-feira, 27 de novembro de 2018

Visceral

De maneira visceral, o mundo inteiro me esqueceu e por um segundo eu me perguntei aonde eu iria quando eu quero morrer?

A garoa rasga a minha pele, Deus está sedento pelo meu sangue, estou tremendo, seria este o meu momento mais frágil?
Vozes e melodias não me alcançam, danças se desfazem com melodias melancólicas, jogos e mentiras na névoa, composições cantam neus medos. Meus amigos usam nas entrelinhas os meios ilícitos da memória, eu me esqueci quem eu sou, não sou de honrar promessas, eu não sou de dizer o que sinto

Não é fácil o perdão.. não consigo me perdoar.. eu vendo todas as minhas mentiras enquanto destruo as minhas mais sinceras verdades, estive tão inseguro que nem o céu me alegra mais, eu tenho um uma bomba pronta para me matar, como posso deixar de me machucar? As minhas mais profundas feridas estão no fundo do mar de mágoas e remorso, eu não aceito ser amado.. eu não mereço ser feliz. Eu sei bem lá no fundo que eu não mereço nada do que alcancei!

Minhas palavras se diluem no álcool, minhas promessas se desfazem na garoa, meus sonhos se desenham nas minhas lágrimas
Meu suicídio é adiado a cada dia, meu desafio é conseguir sorrir..
Eu evito lembrar dos sorrisos, eu evito pensar, mais uma luz vai se apagar em breve, eu lhes prometo que serei breve e cruel, aquela velha tempestade já não me atormenta mais, e o oposto do que eu não disse é o que me guia, é difícil voltar a acreditar, fingir que eu não amo a dor, a combustão é um artifício pra evitar a queda, a hora é agora.. e a falta de solução é a minha satisfação.
Cansei dos devaneios, lembrei dos meus pecados, e em meio ao aos caos tudo que restou foi a vontade de morrer.

Eu estou sendo destruído, o meu câncer é a minha mente.

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