quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Numa madrugada fria, eu sonhei

Em minha mente formulei a imagem do meu futuro, fiz o pior cenário que minha imaginação conseguiu criar, fiz daquele deserto de incertezas uma ponte, eu estava lá, debaixo daquela ponte velha da época da segunda guerra mundial, consertando os buracos da minha barraca, minha casa, e todos os animas que cacei se tornaram meus animais de estimação, e aprendi ali que está tudo bem comer peixes porque eles não tem sentimentos... Estou em dia com todos, sente-se e tome um chá comigo, destile a vida dentro de mim, sente-se e arrance a minha tristeza, eu sou a realeza desta mente perdida em si mesma, me sinto tão cansado e não consigo dormir, não consigo, não quero, não me odeie meu amigo se você ler este texto, estou desabafando, não me critiquem não joguem seus olhares de reprovação sobre as minha feridas abertas, eu posso sentir seus olhares com superioridade enquanto me sinto fraco, eu agradeço pelos conselhos que recebi, estarei em débito eternamente com todos que tentam me ajudar, vejo o reflexo de mim mesmo num espelho perdido, mas não me vejo, não eu vejo um estranho, ele tem olhos da cor da morte, negros, sem luz alguma.... mamãe me ajudou bastante, me mantendo protegido e quentinho dentro deste universo paralelo que criei para meu próprio conforto... Eu sou um inútil, mas estou feliz... O Sol está entrando pelas brechas dos meus olhos, logo irei acordar, e por mais que eu queria continuar aqui na minha mente refletindo e escrevendo...aqui ninguém pode me incomodar a não ser eu mesmo...
Eu me encontrei com alguém que dizia ser meu amigo, ele me contou sobre as nossas aventuras, sorrimos e rimos juntos, eu apertei a sua mão e perguntei seu nome..
"John Kennedy" ele respondeu, sim, eu estava cara a cara comigo mesmo, eu achei que eu estava perdido há muito, muito tempo, mas ele me achou, veio como uma surpresa, ele me ajudou, depois disto fiz meu caminho de volta pra casa, mas não achei o caminho, procurei uma solução, um lugar pra me abrigar, por anos e anos vaguei no deserto infértil que é a mina mente, encarei com os olhos cansados milhares de paisagens vazias e coloquei um sentido nelas, ele apareceu e me ajudou, me ajudou a achar o caminho de casa, ao lado de quem me odeia...
Quem é ele? 
Sou eu. 
Como eu sei?
Eu não sei. 
Eu nunca perdi o controle. 
Nós nunca perdemos o controle.
Eu preciso de uma amiga, que me dê ajuda quando eu precisar, que eu não me engane, que me engane e me jogue no lixo, eu sei que ela terá uma linda história, que um dia será minha mais bela memória, mas por que?
...Por que ela não pode ser mais que uma memória, uma simples foto no meu celular, por que ela não pode estar ao meu lado!?
Jogarei os dados, por ela, tentarei a sorte, mostrarei as cartas, lutarei por ela, e espero que desta vez possa sentir como é ser amado, eu possa sentir como estar do outro lado desta moeda, desta velha moeda gasta que guardo em meu tênis para nunca me esquecer de não ser egoísta novamente, me desculpem por agir como as regras definidas pela sociedade...me desculpem.
...me desculpem.
...me desculpem.
...me desculpem.
...me desculpem.
...me desculpem.
...me desculpem.
...me desculpem.
...me desculpem.
...me desculpem.
Me perdoem.

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