sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Sobre noites dormindo

Sou um submisso da dor, um hipócrita, sou como o amor, um filho da puta que merece morrer.

Eu sou o uso em vão do nome do Senhor, sou como seu filho crucificado, somente as nuvens cinzas no céu conseguem sentir o peso destas palavras e os trovões demonstram que ainda me odeiam com o mesmo fervor que eu me odeio.

Eu estou em débito com tantas pessoas que sinto imagem da corda em meu pescoço cada vez mais se desfazendo, eu sinto o que é ser amado e sinceramente nem sei mais se realmente quero recair.. Mas eu sei, ah, eu sei muito bem que quanto maior a altura.. bem, maior a queda.

Memórias se acumulam, tanto boas quanto ruins. Histórias se repetem. Risos soam pelos cômodos de uma casa preenchida de felicidade. Minhas feridas não estão cicatrizadas. Meus olhos não choram mais, nunca.

O meu ódio vai me consumir.

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