Talvez o ponto de equilíbrio entre a dor e a felicidade seja viver entorpecido
O ar gelado deixa minha respiração pesada, as lágrimas caem como bombas atômicas, e todo minha tristeza se torna radioativa
Eu deveria sorrir e agradecer por todo o amor que consigo sentir, devia estar satisfeito pelas memórias dos diversos momentos que eu nunca sequer vivi
Eu não vou esperar vocês me alcançarem, eu não vou me entregar
Não sorrio como se eu fosse um filme de Hollywood, eu não brilho como as pérolas em Dubai, não sou a garoa de Londres, nem a neve em Mônaco ou as cigarras em Kansai.. muito menos o verão em Buenos Aires
Sou Seixas sem ser Raul, sou o ódio que nasce para proteger o amor, o medo da chuva, o último metrô de uma quinta-feira a noite, sou o último gole de um conhaque chileno, o verso de uma poesia incoerente e incompleta, sou arroz por cima do feijão
E todas outras que eu escrevi se perderam no meu choro.
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