Pergunto-me como as coisas ficaram assim, mãe... Eu te amo, e afirmo que te amo tanto que este amor pode acabar se tornando ódio...
Mãe, por que você despreza tanto tudo o que faço e gosto?
Mãe, por que você tinha que nos deixar?
Você sabia mãe que certas feridas podem até fechar, mas nunca se curam, elas deixam sequelas e cicatrizes... Por muitas vezes engoli a seco as verdades que você praticamente cuspia em mim... Mãe, eu sei que doí ouvir os seus três filhos mais velhos se revoltando contra você, percebo em suas respostas que você está ferida... Mas mãe, mãe eu te pergunto, você consegue perceber o quanto estamos feridos também...?
Eu não digo muitas coisas por que são cicatrizes que eu insisto em dizer que superei...
Mãe, você realmente queria isso?
Você consegue perceber que você me magoou com tais palavras (?) desprezando ao limite aquilo que desde 2007 é o que mais gosto de fazer, eu não esperava isso, não de você mãe... Eu admito, não sou um bom filho, nem perto disto pra falar a verdade, estou ciente que sou um inútil que te decepciona constantemente...
Vejo nos olhos da minha irmã mais nova a tristeza por assistir passivamente outra discussão... Mãe aonde você está indo?
Mamãe você vai voltar ainda hoje, né?
Mãe, por favor, volte segura... Volte e traga contigo os tempos onde tais cicatrizes ainda nem haviam ocorrido... Mãe volte bem, pois ainda quero te ver sorrindo, te ver orgulhosa de mim, quero que você possa me ver quando eu for reconhecido.
Mamãe eu te amo.
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